Finalmente cheguei à equação que disseca o que é uma lombra. Segue:
Lombra = Logocentrismo + quebra do logos vigente com valência positiva.
Elaborei em um outro post o que seria logocentrismo. No texto afirmei que seria a tendência em pensar o discurso da filosofia e ciência, baseado na lógica e razão, como superior a outros, como da literatura e arte.
Mas há outro <<sentido>>, o da tendência em se acomodar por um determinado estado de espírito em uma dada conjuntura, sentindo dificuldades com ondulações desse estado. Nessa visão, lógica ou logos assume o sentido de sistema de signos, quadro de referência, estrutura semiológica ou qual seja o nome que se dê àquilo que está no cerne da ideologia pós-estruturalista:
O sentido de qualquer coisa, ou qualquer forma de conhecimento, só é possível em relação a outras coisas dentro de uma estrutura 'x'. Os objetos dentro de 'x' interagem mediante um logos 'y'.
Linguagem e todo o conhecimento derivado dela, experiências religiosas, só têm sentido mediante um enquadramento em uma estrutura!
O melhor exemplo de como o logocentrismo age nesse sentido é no nosso período pré-sono: quando estamos quase dormindo, ficamos em um estado tranquilo, submerso em pensamentos. Se tomamos um susto, é difícil voltar logo para a tranquilidade!
E o que isso tem a ver com lombra? Tudo, porque a lombra é aquilo que é "inesperado e bom". Pronto resumi. [me submeti a ser mal-interpretado, mas tudo bem...]
Inesperado = quebra do logos vigente
Bom = valência positiva
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