terça-feira, 13 de março de 2012

Microsucateamento


Hoje, ao passar pela Biblioteca Central da UnB, notei alguns gringos em visita guiada. Japas, canadenses, entre outros internacionais. Estavam em passeio pelas áreas da nobre biblioteca. Logo bateu um sentimento elevado: é sempre bom exibir o patrimônio para os outros. Esse sentimento pode ser comparado àquele sentido quando mostramos nossa casa a amigos: temos uma percepção de familiaridade com o objeto casa, assim como a temos com o objeto terras nacionais.

Após tal evento, subi para o segundo andar para resolver coisas. Na saída da repartição, um novo vislumbre do grupo. Nessa hora, estavam em uma pequena sala, olhando algumas obras de arte e outros artefatos culturais expostos como em um mini-museu.

Surge-me novamente a pulsão nacionalista: gostaria que a UnB pudesse acomodar bem os gringos, fasciná-los com obras das mais elevadas alturas (hehe), e neles despertar uma comoção com a estrutura de nossa Universidade. No entanto, o mini-museu era bem furrequinha: em um espaço de mais ou menos 12m² comportava as obras de forma apertada, e vi um mostrador com o vidro rachado. É uma pena que nos países deles (Japão, Canadá) são encontradas estruturas mais bonitas. Muito provavelmente a recepção a gringos, formalizada como a vi na UnB, é mais interessante esteticamente em tais países.

É lamentável que a cultura do “feinho, mas vai” seja extremamente comum no Brasil. Não seria custoso disponibilizar um espaço melhor na UnB para acomodar o mini-museu do BCE e tampouco consertar o vidro do mostrador. São coisas que o brasileiro releva no dia-a-dia, pois é “feinho, mas vai” assim mesmo. Algumas pessoas chamam tais preocupações de “viadagem” ou “frescurite”. Entretanto uma elevação estética de miudezas do espaço urbano pode ter um efeito sutil no humor corrente (ou será bobagem minha?) – como diria a teoria da felicidade de The Sims (de acordo com ela, a decoração influencia pesadamente no humor). Além disso, nosso espaço ficaria mais conceituado perante os gringos.

No mais, espero que os tais gringos gostem de minha querida Universidade! (ufanismo acadêmico? hehe)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Globalização

Um brasileiro na Nicarágua, lendo um artigo escrito por uma sérvia, em inglês, sobre Bourdieu, um autor francês!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

adorno horkheimer e weber

"Pensar a démarche de qualquer processo concreto de produção e organização de conhecimento como absolutamente independente de contextos sociais e psíquicos mais amplos vai no sentido diretamente contrário daquilo que propõem nossos autores na Dialética do Esclarecimento. Em outras palavras, não apenas o conceito de "valores", tal como o utiliza Weber, é insuficiente para Adorno e Horkheimer [...], como, para eles, mesmo os procedimentos lógicos e categoriais de qualquer trabalho intelectual são, sim, dependentes de determinados contextos materiais de fundamentação."
PISSARDO, Carlos Henrique. Os Pressupostos Materialistas da crítica à razão cognitiva na Dialética do Esclarecimento, USP, 2011.

Bom, esse tipo de pensamento não é nem positivo nem negativo para a ciência! Que raio de crítica desnecessária, e que desfaz um eixo de razoabilidade construído pela modernidade (sem miná-lo, pois meras palavras não são capazes de fazê-lo).

Adorno e Horkheimer lembram o arquétipo do adivinho em Assim Falou Zaratustra, que foi devidamente destruído pelo protagonista =)

Na verdade, também considero ambos cristãos enrustidos! Uma espécie de pós-hiper-neoplatonistas. Portadores de metafísica que pode adoecer mentes.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Weber e a perguntinha de sexta-feira da CBN

Sardenberg, da CBN, toda sexta-feira pergunta a seus convidados a respeito do fim de semana, "temperança ou pé-na-jaca"?

Sociologia on:

Weber diria, "ascetismo secular, ou mundanidade pagã"?

aw yea