segunda-feira, 18 de maio de 2015

Sobre a prepotência

Você, enquanto artista ou noutro tipo de ofício que demande criatividade, poderá se deparar com críticas que apontem para certa pretensão em seu trabalho, uma prepotência em fazer algo demais além de sua posição de reles mortal. Isso acontece principalmente com os iniciantes, os não aclamados. Muitas obras parecem ser inclusive apreciadas pelo misticismo em torno do seu criador -- se não fossem aclamados, suas obras teriam menor atenção.

Contudo, ninguém nasce aclamado. Digo-lhe: ignore críticas nesse sentido. Não são úteis, e mostram mais uma preguiça do crítico do que defeitos na obra. Ousadia e rompimento com costumes é vital para o desenvolvimento de novas ideias e cultivo do poder artístico. Este, certamente, não vive apenas de originalidade, mas sem dúvidas ela é uma de suas virtudes mais apreciadas.

Basta lembrar-nos de Nietzsche, Lovecraft, Van Gogh, Kafka, Foster Wallace, Augusto dos Anjos, etc. -- pessoas que "nasceram póstumas" e tiveram seu valor em grande parte reconhecido post-mortem.



P.S.: isso não serve para se achar por aí que és um póstumo. Aí é prepotência!

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