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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Infinite Jest's reference to H.P. Lovecraft

I have just found a nice reference in David Foster Wallace's post-modern novel Infinite Jest to other great writer who I'm very fond of, H.P. Lovecraft.

It's located between page 648 and 651; the scene is on November 13th, YDAU - Kate Gompert & Geoffrey Day discuss It. Day tells Gombert that he had also experienced depressive phenomena in his own way. At first sceptic, Kate increasingly pays attention to his tale, as it is a very similar to how she expresses her suicidal feelings.

First I thought about Lovecraft due to Day's terms along with first-person style:

As the two vibrations combined, it was as if a large dark billowing shape came billowing out of some corner in my mind [...]
Katherine, Kate, it was total horror. it was all horror everywhere, distilled and given form. It rose in me, out of me, summoned somehow by the odd confluence of the fan and those notes. It rose and grew larger and became engulfing and more horrible than I shall ever have the power to convey. I dropped my violin and ran from the room. [...]
It was a bit like a sail, or a small part of the wing of something far too large to be seen in totality. It was total psychic horror: death, decay, dissolution, cold empty black malevolent lonely voided space. It was the worst thing I have ever confronted.

Furthermore, this horror is conveyed by a specific vibration of Day's violin mixed with the particular sound of a fan's blow's resonance in the window's glass. This reminds of Lovecraft's short story, The Music of Erich Zann.
Finally, in this scene we know that Day has attended Brown University in Providence RI - Lovecraft's beloved homeland, where he spent most of his life.

As I progress in Wallace's epic 1070-page prose, he continues to impress with his multitudinous display of styles and themes. I'd never guess that Lovecraft would be referenced, though it's pretty clear there are no unreasonable expectations for what will come next in this familiarly weird novel - Infinite Jest.





sexta-feira, 8 de março de 2013

H.P. Lovecraft – O estrangeiro; Análise


 "A coisa mais piedosa do mundo, penso, é a incapacidade da mente humana de correlacionar todo seu conteúdo." O Chamado de Cthullu

Estive a ler alguns contos do mestre da ficção macabra Lovecraft. Ele foi uma das referências para o escritor de horror moderno Stephen King, e continua sendo aplaudido por sua qualidade. Alguns produtos culturais modernos são decorrentes de sua obra: bandas de death metal, jogos de RPG e videogame; oferecem continuidade ao seu legado.

Um dos contos que mais chamou minha atenção foi The Outsider. Encontrei uma versão traduzida para o português à venda, em formato netbook. É um dos contos mais inspirados por Edgar Allan Poe, de quem Lovecraft era fã. 

O conto apresenta um apologia ao esoterismo, seguida de decepção em relação a este. Vejamos:

O protagonista é um ser que mora em um castelo, desde que se entende como "gente". Não se lembra de nenhuma outra pessoa, nenhum contato com outro. Sempre esteve no castelo. E nunca conseguiu sair de lá, pois era rodeado por uma floresta da qual tinha medo de se aventurar por muito tempo. Ele sabia da existência do mundo anterior por uma coleção de livros antigos, os quais lia com uma vela. Nunca tinha visto o sol: o céu era escondido por uma densa camada de árvores. Viveu na escuridão, além do fluxo do tempo.

O protagonista vivia no mundo "exotérico": do conhecimento raso, desconhecendo o verdadeiro conhecimento, a iluminação. Seu mundo era escuro, e tudo que sabia não lhe causava orgulho. O importante estava além dele (fora da caverna de Platão), e para chegar lá era necessário esforço. A verdade está lá fora. Mas não é fácil de ser encontrada! Eis o esoterismo: crer em um conhecimento de grande valor, de difícil acesso (mas que existe).

Havia apenas uma torre que se estendia além da camada arbórea. Mas era impossível subir, a escada estava quebrada...

Sem me estender sobre a história... (melhor ler o conto!) Apenas digo que a metáfora segue: o conhecimento de valor é atingido, uma grande comoção acontece. Mas e então... Pimba! Eis que o lado de fora não é tão bom assim, as verdades reveladas são contundentes, sombrias e desanimadoras (para não falar desastrosas, lamentáveis e aterrorizadoras). Tentar voltar ao mundo anterior, do estado estoico de passividade em relação ao passar do tempo, sem abalos positivos nem negativos, já não é possível: ao perscrutar a verdade, voltar para a ignorância já não é mais possível!

É um conto de mágoa em relação à realidade. Seria a verdade dura e cruel, e o melhor nos mantermos isolados dela, em nossos "pântanos de felicidade"? A literatura de Lovecraft expressa uma forte concepção de universo indiferente aos pequenos humanos que o habitam... Vários de seus personagens sentem isso na pele (vivem essa verdade). O que é fonte de loucura!